sábado, 16 de setembro de 2017

Há 63 anos, o Hino de Campos era cantado pela primeira vez em público


Há 63 anos, no dia 16 de setembro de 1954, o Hino de Campos, de Azevedo Cruz e Newton Perissé Duarte, era cantado pela primeira vez em público, realizado no Clube de Regatas Saldanha da Gama, pelo Orfeão de Santa Cecília.
Em 2011, uma nova trajetória foi marcada na história do hino e da cidade de Campos, já que houve a gravação da orquestração do Hino à Campos feita pelo maestro Luis Mauricio Carneiro.
Foi a primeira gravação de áudio da orquestração do hino feito exclusivamente por encomenda do maestro Jony William para a Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, que teve como primeira apresentação em público em 2009 no Teatro Municipal Trianon.
A gravação foi uma iniciativa do Orfeão de Santa Cecília na documentação e divulgação da história musical da cidade. 
Hino do município de Campos dos GoytacazesLetra: Azevedo Cruz/melodia: Newton Périssé Duarte
Campos Formosa, intrépida amazona
Do viridente plaino goitacás
Predileta do luar como Verona
Terra feita de luz e madrigais
Ó Paraíba, ó mágica torrente
Soberana dos prados e vergéis
Por onde passas como um rei do oriente
Os teus vassalos vêm beijar-te os pés
Nada iguala os teus dons, os teus primores
Val de delícias, o teu céu azul
Minha terra natal ninho de amores
Urna de encantos, pérola do sul
Campos Formosa, intrépida amazona
Do viridente plaino goitacás
Predileta do luar como Verona
Terra feita de luz e madrigais
Ó Paraíba, ó mágica torrente
Soberana dos prados e vergéis
Por onde passas como um rei do oriente
Os teus vassalos vêm beijar-te os pés
Ó Paraíba, ó mágica torrente
Rio que rolas dentro do meu peito.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Há 143 anos, era inaugurado o Theatro Empyreo Dramático


Em um dia como hoje 06 de setembro do ano de 1874 (há 143 anos), foi inaugurado o Theatro Empyreo Dramático, local das conferências abolicionistas e, por isso, interditado pela polícia sob pretexto de ser um prédio inseguro.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Há 70 anos era fundado o Hospital Abrigo Dr. João Viana, em Campos


Nesta terça-feira (05/09) o Hospital Abrigo Dr. João Viana está completando 70 anos. O Hospital Abrigo Dr. João Viana iniciou em 1947 como um abrigo para atendimento aos casos de loucura. Os espíritas se revezaram nos cuidados diretos àqueles que eram recolhidos às cadeias públicas.

O tempo passou, as modificações se fizeram necessárias e o então Abrigo foi sendo transformado em um Hospital com atendimento humano, mas também especializado. Médicos, psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras, professores de educação física, colaboradores e voluntários, e toda uma infra-estrutura de atendimento hospitalar foi organizada para melhor atendimento ao paciente portador de patologia psíquica.
    
Conscientes de que estudar é preciso, trabalhar é necessário e amar ao próximo é o menor caminho para chegar a Deus, a instituição tem lutado para cumprir a missão de suscitar no coração de nosso irmão, mesmo em tempo de transitório desequilíbrio, a esperança, a alegria de viver e de renascer, a cada dia.

Apostar na cura ou na manutenção do doente fora dos muros da instituição psiquiátrica é, para todos nós, o mesmo que “voar e cantar enquanto resistirem as asas”...

Conheça e participe, são muitos os desafios e necessidades...

Liga Espírita de Campos, Mantenedora do Hospital Psiquiátrico Espírita Dr. João Viana

R Machado de Assis 49 - Centro / Campos, RJ | CEP: 28027-040 /  (22) 2726-9088

Há 58 anos era inaugurada a Agência da BANERJ em Campos


Em um dia como hoje, 05 de setembro do ano de 1959, foi inaugurada a Agência da BANERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro) em Campos.

O banco foi criado como Banco da Prefeitura do Distrito Federal S.A. Posteriormente teve sua denominação alterada para Banco do Estado da Guanabara após a incorporação do BERJ (1975) em decorrência da fusão do Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio, para BANERJ. Sempre foi um banco presente em todas as cidades do Rio de Janeiro e manteve filiais em todas as capitais brasileiras. Chegou a contar com 250 agências.

Em dezembro de 1994 o BANERJ, passou a ser administrado pelo Banco Bozano-Simonsen. Imediatamente os novos administradores demitem funcionários, introduzem altas taxas de manutenção de conta e fecham dezenas de agências deixando fora do estado do Rio apenas uma agência aberta em São Paulo e outra em Brasília.

Apesar disso tudo, durante os anos de 1994-1997 o banco volta a dar lucro e grandes avanços se dão com a administração do Bozano-Simonsen, como a troca dos caixas eletrônicos pelas primeiras máquinas com saída de dinheiro; integração à rede 24 horas; integração à rede Verde-Amarela de Bancos estaduais (rede existente até hoje); primeiro site da Internet e instalação de terminais eletrônicos nos principais pontos do estados (formando a Rede Caixa Verde). No final de 1997, o BANERJ não só volta a dar lucro mas também se moderniza, o que seria uma clara indicação contra sua venda, mas com o estado do Rio necessitando "fazer caixa", o governo Marcello Alencar resolve vendê-lo para pagar parte das dívidas existentes.

Para vender o BANERJ, o estado do Rio de Janeiro teve que adquirir o Previ-Banerj (Fundo Previdenciário dos funcionários do BANERJ) que tinha prejuízo de mais de 350 milhões de reais. Da venda em si o Estado do Rio só obteve 300 milhões, ou seja, para vender o BANERJ, o estado do Rio teve ainda que desenbolsar 50 milhões. No dia 26 de junho de 1997, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o BANERJ foi leiloado. O patrimônio líquido do banco na data do leilão era de R$ 181 milhões, sendo vendido 99,97% do seu capital social por R$ 311 milhões. O grupo Itaú arrematou as 190 agências, 1.000.000 de clientes e imediatamente esse novo grupo toma posse das agências. O governador Marcello Alencar, juntamente com seu filho Marco Aurélio Alencar (Diretor Financeiro do BANERJ), articulam junto ao Governo Federal do Brasil, um empréstimo ponte, da ordem de R$ 1.100.000.000,00 (Um bilhão e cem milhões de reais), para cobrir um pseudo-rombo financeiro e quitar as dívidas futuras do BANERJ, com a CAIXA-PREVI-BANERJ, e estes valores ficaram conhecidos como: Conta "A" de Aposentados a receber pensões e aposentadorias; e a CONTA "B" de credores a receber dívidas trabalhistas na justiça do trabalho.

Desde o início o Itaú demonstrava que não tinha interesse em manter o BANERJ como um banco independente. Já na primeira semana de administração muda o nome do banco de Banco do Estado do Rio de Janeiro S/A para Banco BANERJ S/A, oficialmente em setembro de 1997 o estado do Rio de Janeiro se tornava o único estado da federação naquele momento a não ter independência bancária.

Já em dezembro de 1997, todas as operações com boleto bancário, fundos, previdência, seguros, cartões de crédito, número das agências, investimentos passavam a portar na pessoa jurídica do Banco Itaú transformando o BANERJ uma simples corretora de serviços bancários. É fechada toda rede de caixas eletrônicos Caixa Verde (implantada nos tempos de administração do Banco Bozano-Simonsen) e os cartões BANERJ são aceitos a partir da rede de caixas eletrônicos Itaú, evidenciando uma futura incorporação.

O grupo Itaú rompe com a REDE 24Horas e deixa os clientes presos somente ao Redeshop e aos caixas eletrônicos do grupo Itaú.

No ano 2000, os principais municípios do estado do Rio de Janeiro orientam seus servidores a escolher qualquer outro banco para onde poderia ir seus salários, uma verdadeira debandada onde centenas de milhares de contas são fechadas esvaziando ainda mais a instituição.

Em 2002, mais agências são fechadas (inclusive a de São Paulo) e o banco não tem mais presidente próprio, sendo seu principal dirigente um gerente sem maiores poderes (a não ser um procurador) da presidência do Itaú em São Paulo. O BANERJ então só existia mesmo no papel e era apenas uma subsidiária de um grande grupo empresarial.

Mesmo condenado a ser incorporado, o BANERJ ainda salva o estado, como no passado, com um empréstimo de aproximadamente 600 milhões para pagar o 13º salário de 2002 já em dezembro de 2003. Mesmo assim, é fechada a agência de Brasília e o banco conta com menos de 70 pontos de atendimento no estado do Rio, é iniciada a incorporação definitiva do BANERJ pelo Itaú.

Pelo contrato de privatização de setembro de 1997, em sete anos o BANERJ teria exclusividade para ser o agente bancário do estado, ou seja, pagamento dos funcionários e movimentações financeiras do governo estadual e suas empresas estatais. Esse contrato terminaria em setembro de 2004, e o governo estadual decide fazer outro contrato onde a figura do BANERJ era dispensável.

Após a assinatura do acordo em julho de 2004, o Grupo Itaú anuncia imediatamente a incorporação do BANERJ em duas fases: a primeira com agências do interior em 13 de setembro de 2004 e na capital no dia 13 de dezembro de 2004.

Em 2011, o Bradesco levou, por R$ 1.773.717,710, o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj) - R$ 1,025 bilhão somente pelo banco - e R$ 748 milhões pelo direito de operar as contas dos mais de 400 mil servidores do Estado no leilão ocorrido em 20 de maio, no prédio da extinta Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O ágio sobre o valor mínimo foi de 99,78%. O Bradesco leva assim um crédito fiscal de R$ 3 bilhões, além do depósito do pagamento dos servidores ativos e inativos do Estado do Rio de Janeiro por três anos, a partir de janeiro de 2012. O Berj é o que restou do antigo Banerj, privatizado em 1997.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Professor e advogado Nelson Pereira Rebel nasceu há 115 anos

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No dia 4 de setembro de 1902 (há 115 anos), nasceu o professor e advogado Nelson Pereira Rebel.

Nasceu em Campos no dia 04 de setembro de 1902 e faleceu no dia 13 de outubro de 1956, aos 55 anos de idade. Filho de João Antonio Rebel Filho e Ana Pereira Rebel.

Nelson desde a infância se revelou muito estudioso, por este motivo foi, desde bem novo, encaminhado para o Grupo Escolar João Klapp, passando, a seguir para o colégio de dona Iolanda Hamberger. Já alfabetizado passou a ter aulas com dona Branca Cardoso para se preparar no vestibular do Liceu de Humanidades de Campos. Em 1914 passou a estudar naquela instituição de ensino.

Após o término do curso,  matriculou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Com muito sacrifício sua família pode mantê-lo por um tempo, em condições mínimas, na então capital da República, onde fora residir em casa de família como pensionista.

Mas as coisas pioraram e Rebel foi morar na casa de um tio em Santa Rosa, Niterói (RJ). Todo dia pegava a barca e atravessava para o Rio. Destacava-se por sua dedicação e inteligência junto aos professores. A seguir deixou Niterói e foi morar na casa de seu amigo Rossine Nolasco.

Adoentado e em dificuldades financeiras, o pai de Rebel o convoca a voltar para sua terra natal e se dedicar ao comércio da família, já que lhe faltavam os recursos para prosseguir com os estudos. A família se uniu novamente e com um esforço maior Nelson pode dar continuidade aos seus estudos.

Nas horas de folga, Rebel convivia com o escritor Coelho Neto, que o recebu em sua casa, tornando-se familiar e amigo dileto, estimado por todos da família, como fora, também, do douto casal Bevilacqua, onde absorvia as lições e palavras eruditas do mestre civilista.

Em 4 de novembro de 1922  recebe a notícia da morte de seu pai. Mesmo com grande dificuldade, decide concluir o curso.  Em 1926 finalmente recebe o diploma de bacharel em Direito.

Pensando em sua família, Rebel retorna a Campos, onde monta seu escritório de advocacia e passa a ser o defensor dos pobres. Um tempo depois foi convidado para ser responsável pelo setor jurídico da prefeitura. Mais tarde se tornou procurador da prefeitura e inspetor federal do Ensino Comercial.

Com a credencial de professor de Direito na Escola Clovis Bevilacqua, da qual foi um dos fundadores, o Governo convida-o a dirigir o Departamento de Educação do Estado.

Casou-se com Zilá Peixoto Pereira Rebel e continuou cuidando de sua mãe e irmãs. Nelson e dona Zilá tiveram três filhos: Cleia, Sandro e Icléia.

Foi professor e diretor do Liceu de Humanidades de Campos e da Escola Normal.

Advogado, jurista, político e professor, dr. Rebel  foi o primeiro presidente da recém fundada Academia Campista de Letras, em 15 de julho de 1939, onde figuravam intelectuais de renome tais como: Gastão Machado, Godofredo Nascente Tinoco, Barbosa Guerra, José Landim, Rinaldi Antunes, Rogério Gomes de Souza, Alberto Lamego e Lamego Filho.

Pereira Rebel foi eleito para a Academia Fluminense de Letras, para ocupar a cátedra de Quintino Bocaiuva, mas não chegou a tomar posse de sua cadeira.

Eleito deputado constituinte, ocupou a presidência da Assembleia Estadual (Alerj), em 1945. Ocupando, em seguida, a Procuradoria Geral do Estado, onde procurava aplicar a lei com justeza, dessa forma contrariando  interesses de muitos. Porém, através de atos oficiais publicados, recebe a notícia de ser demitido "a pedido" do cargo de procurador geral do Estado. Como seu último emprego, foi Rebel conduzido à advocacia da Caixa Econômica Federal.

Nelson Pereira Rebel foi um apaixonado de Azevedo Cruz, ocupou, na ACL, a cadeira que tem como patrono este ilustre poeta campista e autor de "Amantia Verba", poema que exalta a sua terra natal. No entanto, Nelson não teve tempo de se dedicar ao estudo sobre o poeta e sua obra não se realizou.

Obra:

Questão criminal (Arlindo P. Humberto Pacheco) – 1936

Discurso – Proferido na solenidade da promulgação da Carta Magna Fluminense – 1947

Saudação (ao Dr. Heitor Camillo, em 26/09/32 Hotel Flávio) – 1937

Ética profissional (Conferência realizada na Escola de Direito Clovis Bevilaqua – 1938

Ruy em Haia (Discurso em 09/11/49, na Assembléia) – 1954

Processo criminal Dr. Alberto Senra Filho – 1938

Memorial na Ação da Reclamação – Sebastião O. contra a Prefeitura Municipal de Campos - 1938

Fonte:

CARVALHO, Waldir Pinto de. Gente que é nome de rua, 1988.

AMORIM, Carlos. Em memória de Nelson Pereira Rebel, 1956.