quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Há 115 anos, morria o jornalista e abolicionista José do Patrocínio

O jornalista José Carlos do Patrocínio, uma das figuras mais importantes da campanha pelo fim da escravidão no país, morreu em 29 de janeiro de 1905 (há 115 anos), no Rio de Janeiro. Filho de uma escrava alforriada e de um vigário, Patrocínio passou a infância livre, mas conviveu com os escravos e pôde testemunhar os rígidos castigos a que eram submetidos. Nascido em Campos dos Goytacazes, Patrocinio trocou sua cidade natal pelo Rio de Janeiro aos 14 anos de idade.
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Apesar de ter se formado em farmácia, Patrocínio logo descobriu seu talento para a escrita. Iniciou a carreira de jornalista publicando o quinzenário satírico Os Ferrões, que teve um total de dez edições entre 1 de junho e 15 de outubro de 1875.

Dois anos depois, foi contratado pela Gazeta de Noticias como redator encarregado da coluna Semana Parlamentar. Foi neste espaço que começou a campanha pela abolição da escravatura. Em 1880 fundou, junto com Joaquim Nabuco, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
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Com recursos do sogro, comprou a Gazeta da Tarde e assumiu sua direção. Em maio de 1883, escreveu a Confederação Abolicionista, congregando todos os clubes abolicionistas do país sob um mesmo manifesto assinado por ele.

Mas o jornalista não somente escrevia sobre a abolição. Patrocínio também ajudou na fuga de escravos e coordenou campanhas para juntar fundos para comprar alforrias, promovendo espetáculos ao vivo, comicios em teatros e manifestações em praças públicas.

Em setembro de 1887, abandonou a Gazeta da Tarde para fundar um novo jornal, A Cidade do Rio, onde intensificou sua atuação política. Foi neste jornal que pôde comemorar, em 13 de maio de 1888, a vitória da campanha pela abolição.

Há 69 anos era fundado o Hospital dos Tuberculosos em Campos, hoje Ferreira Machado

No dia 29 de janeiro do ano de 1951 (há 69 anos), foi inaugurado o Sanatório para Tuberculosos, hoje conhecido como Hospital Ferreira Machado. Em 1975 o Hospital dos Tuberculosos fecha as portas e somente reabre 16 anos depois, em 1991.
Na foto (acima) de 1958 se vê a ponte General Dutra, e o Hospítal Ferreira Machado, na época Hospital dos Tuberculosos. Perceba que em 1958, a Presidente Vargas é rua até o Cemitério do Caju, a cidade "termina" ali, bairros como Pecuária, Corrientes, Nova Brasília, entre outros ainda não existiam. No local imensos campos.

Sanatórios, muito comuns nos tempos mais antigos, são edifícios para onde os doentes com tuberculose ou outras doenças eram encaminhados, ficando assim completamente excluídos da sociedade. Regra geral, situavam-se em locais altos e arejados, proporcionando um contacto privilegiado com a natureza.


Sanatório - É o lugar onde são internadas as pessoas que precisam de tratamentos para serem "saradas", vem de sanar. É conhecido popularmente como um local para identificar o lugar onde são sanadas as enfermidades mentais, mas, trata-se todos os tipos de doença em geral. De acordo com o dicionário, "Estabelecimento que recebe doentes para tratamento ou convalescença." É comumente confundido com manicômio e hospício.

DE ONDE SURGIU O NOME DO HOSPITAL?

DADOS BIOGRÁFICOS

No livro Gente que é Nome de Rua (CARVALHO, pp.96,97), consta que Manoel Ferreira Machado, nasceu em São João da Barra em 16 de abril de 1867. Ligado às atividades comerciais e industriais. Em Campos, inicialmente, fundou a firma FERREIRA MACHADO & CIA. LTDA e depois se interessou pela indústria canavieira. Pelos seus préstimos aos mais necessitados recebeu o título de Benemérito da Santa Casa de Misericórdia de Campos.

Em seu testamento deixou a quarta parte de sua imensa fortuna para as Casas de Caridade de São João da Barra e de Campos.

Hospital Ferreira Machado, erguido no lugar onde existiu o Hospital dos Tuberculosos ou Isolamento, leva o seu nome em homenagem aos seus feitos aos mais necessitados. Foi inaugurado em 29 de janeiro de 1951.

Manoel Ferreira Machado faleceu em Campos, no dia 15 de setembro de 1945, com 77 anos.

Como político foi vereador chegando à presidência da Casa de Vereança em 1924.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Há 71 anos foi instalado o primeiro semáforo da cidade de Campos



No dia 25 de janeiro do ano de 1949 (há 71 anos), foi instalado o primeiro semáforo da Cidade de Campos dos Goytacazes, na esquina das Ruas Alberto Torres com Barão de Miracema (antiga São Bento), sob protestos de muitos motoristas.


71 anos depois, o semáforo, da famosa Pracinha do Canhão não é mais o mesmo daquela época, mas se uniu a outras tantas dezenas de semáforos que se espalharam pela cidade.

Atualmente, segundo o presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, "Temos 123 cruzamentos semafóricos (ou seja, temos 123 controladores semafóricos, que é diferente da que a gente enxerga, pois olhamos os porta focos e chamamos de semáforo. Nessa linha de raciocínio, alcançaríamos mais de 300, pois cada cruzamento tem no mínimo 2 porta focos, podendo chegar 6, como no cruzamento da José Alves de Azevedo com 28 de março).

- Temos 10 semáforos fora de cruzamentos 

- Totalizando 133 controladores semafóricos".
O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) mantém um “Plantão de Semáforos”, para manutenção dos sinais de trânsito além do horário comercial e também nos finais de semana. De segunda-feira a sexta-feira, ele funciona até as 22h. Aos sábados, domingos e feriados, o atendimento é das 8h às 17h. O serviço pode ser acionado através do telefone (22) 99855-9596. 

Nos casos em que surgirem problemas no sistema fora do horário do plantão, entre 22h e 8h, a orientação é entrar em contato com outro número de telefone: o (22) 98175-1160. 
O primeiro semáforo
O primeiro semáforo dedicado ao controle de fluxos de veículos, mostrado acima, começou a operar em 10 de Dezembro em 1868, em Londres, no cruzamento das ruas George e Bridge, perto do Parlamento. Foi projetado pelo engenheiro ferroviário J. P. Knight e possuia dois braços que, quando estendidos horizontalmente significavam "Pare" e quando inclinados a 45 graus significavam "Siga com cuidado". À noite, uma lâmpada de gás verde e uma vermelha reforçavam as indicações dos braços. Uma particularidade curiosa é que dispunha de uma campainha que soava instantes antes de cada mudança de permissão de passagem. Entretanto, o equipamento explodiu 23 dias depois de entrar em operação, matando o polical que o estava operando e desincentivando novas invenções nesta área por um bom tempo.
Semáforo de potts
O primeiro semáforo elétrico foi criado, em 1912, por Lester Wire, oficial da polícia de Salt Lake. Era bastante rústico e consistia numa caixa de madeira com uma cobertura inclinada para facilitar o escoamento da chuva e da neve. As lâmpadas eram pintadas de verde e vermelho e sua luz passava através de aberturas circulares feitas na caixa.

Em 1920, um policial de Detroit, chamado William Potts, construiu vários semáforos do tipo verde-amarelo-vermelho. Alguns foram montados no alto de "torres de trânsito" e eram operados manualmente por policiais ali posicionados. Outros foram fixados em cordoalhas sobre a pista. Os semáforos de Potts já eram muito semelhantes aos que conhecemos atualmente. A figura abaixo mostra um semáforo de quatro faces que está exposto no Museu Henry Ford, em Dearborn, Michigan, onde se lê a seguinte explicação:


"O primeiro semáforo do mundo, do tipo verde-amarelo-vermelho, com quatro faces, foi instalado no cruzamento da Avenida Woodward com a Rua Fort, em Detroit, Michigan, no Outubro de 1920. Foi projetado pelo inspetor de polícia William L. Potts. O seu formato é praticamente o mesmo dos semáforos atuais."

Quando foi criado o semáforo no Brasil?

Foi no Brás, no centro, em 1935, que os automóveis começaram a parar na chamada Esquina da Porteira, obedecendo ao comando das luzes verde, amarelo e vermelho. Era o primeiro semáforo de São Paulo, instalado pelo Departamento de Serviço de Trânsito (DST)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Há 94 anos nascia o poeta e jornalista Amaro Prata Tavares

No dia 24 de janeiro do ano de 1926 (há 94 anos), nascia o poeta e jornalista Amaro Prata Tavares.

Nasceu no dia 24 de janeiro de 1926, em Conceição de Macabu (RJ), e faleceu aos 11 de julho de 1994. Filho de Castro Tavares da Silva e Izaltina Prata Tavares. Dos 4 aos 6 anos viveu em Siqueira Campos, no Espírito Santo. Depois viveu em Campos – onde cursou o primário no colégio Santos Dumont - até os 24 anos de idade, quando se mudou para o Rio de Janeiro. Regressou a Campos em 1958.

Fez o curso Comercial Básico na Escola Técnica de Comércio de Campos. Em 1946, ingressou no Colégio Batista Fluminense, onde concluiu o curso ginasial. No Rio estudou no Instituto Santa Rosa.

Pertenceu ao Clube de Poesia de Campos. Participou do grêmio Teatral Gastão Machado, do qual foi um dos fundadores. Fundou no Rio de Janeiro o grêmio Cívico-Literário “Euclides da Cunha”, do qual foi presidente. Obteve, em 1954, o prêmio “Almir Soares”, da Academia Pedralva de Letras e Artes, com o conto “A última cena”.

Pertenceu à União Brasileira de Escritores (UBE), seção do Rio de Janeiro. Foi sócio efetivo da Academia Pedralva, vice-presidente de cultura da União Brasileira de Trovadores (UBT), diretor do Departamento de Difusão Cultural da Prefeitura de Campos, diretor-chefe do jornal “A Noticia”, editor e criador da revista “Momento Cultural”, presidente do grupo Uni-Verso, foi membro do Instituto Campista de Literatura (ICL).

Obras:
‘Seis poetas’ – 1959
‘Oito Trovadores’ – 1960
‘Seis prosadores’ – 1962
‘Passo e passo’ – 1973
‘Ato 5’ – 1979
‘4 em 1’ – 1986

Fonte: Noite do escritor Campista - 1973

Há 99 anos foi criada a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos


No dia 24 de janeiro do ano de 1921 (há 99 anos), foi criada a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia de Campos.

O 24 de janeiro é um dia especial para toda a comunidade campista, pois foi quando ocorreu a fundação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), que está completando, nesta sexta-feira, 99 anos de muitas realizações. Ao longo deste quase um século, a SFMC foi palco de discussões importantes que contribuíram não só para a história da Saúde de Campos, mas de toda a sociedade.

Uma relíquia, o prédio, onde anos depois se instalou também a Faculdade de Medicina de Campos (FMC), foi construído pelos associados da SFMC há 99 anos, denominado inicialmente de Policlínica. A Sociedade de Medicina é uma entidade sem fins lucrativos, formada por médicos associados, tendo como objetivos a promoção de diversos eventos de cunho científico, cultural e social, voltados para os profissionais da Saúde e e a comunidade campista.

Há 101 anos nascia o poeta e um dos fundadores da Academia Pedralva, Pedro Manhães

No dia 24 de janeiro do ano de 1919 (há 101 anos), nascia o poeta e, um dos fundadores da Academia Pedralva Letras e Artes, Pedro Manhães.

Nasceu em Campos dos Goytacazes, em 24 de janeiro de 1919. Filho de Manuel Batista Manhães e Romana Batista Manhães.

Fundou a Academia Pedralva, em 20 de fevereiro de 1947, com Walter Siqueira e Almir Soares, tendo exercido nela os cargos de presidente (1958 a 1960), tesoureiro e bibliotecário. Foi membro da Academia Friburguense de Letras, da Academia Cultural Humberto Campos, do Instituto de Cultura Americana - Tolosa (Argentina), delegado regional do Grêmio Brasileiro de Trovadores, membro da Sala de Letras e Artes “Gabriela Mistral” - de Petrópolis, membro da Academia Cachoeirense de Letras.

Recebeu o Prêmio “Almir Soares” (1957), com o conto “Chidia”.

Obras:
Diana – 1949
Quadros e Quadras – 1954
Brindes – 1956
Cantigas do Outono (Poemas) – 1958
Restos – 1959
Seis poetas – 1959
Dores que eu também sinto – 1960
Oito trovadores – 1960
Cantiguinhas  (trovas)– 1961
Maria (trovas) – 1961
Seis trovadores (parceria) – 1962
Cantigas de quem tem fé – 1962
Ainda há lírios no bosque – 1964 (3)
Quadras de adolescência – 1969
Cinquentão – 1971
Perto de Deus – 1971
Vinte canções de amor do mesmo tom – 1981

Para ver você passar (poema) – 1982
Querida – 1984
Leve...Livre... Ligeiro... – 1985
Nós dois… Anete – (poemas) – 1987
Em família (versos) – 1988
Domingo também é dia... (organizador da coletânea) – 1981
Mário Fontoura – A obra e o homem (palestra) - 1979
Rosa e saudade -
Segredo -
Prosa sem compromisso -
Maria – 1960
Almas pecadoras -

Fonte: Antologia de poetas e trovadores da Academia Pedralva de Letras e Artes- 2005
Biblioteca Welligton Paes
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A Academia Pedralva Letras e Artes foi fundada em 20 de fevereiro de 1947 por Pedro Batista Manhães, Almir Soares e pelo professor Walter Siqueira na cidade de Campos dos Goytacazes, situada no norte do estado do Rio de Janeiro.

Foi numa oficina de bicicletas, de Hermann Lessa, na antiga Rua Barão de Cotegipe, atual Governador Theotônio Ferreira de Araújo, onde funciona hoje a firma Neves e Irmãos, que nasceu a idéia da fundação da Academia Pedralva, formada pelas iniciais de seus três fundadores, poetas Pedro Baptista Manhães, Almir Maciel Soares e Walter Siqueira, todos, na época, jovens, inspirados e entusiastas pela poesia.

Mais tarde, já fundada, a Pedralva começou a se reunir efetivamente na residência do poeta-fundador Pedro Manhães, na Rua Conselheiro José Fernandes (ex-Rua dos Bondes), em frente à Primeira Igreja Batista de Campos, com a presença de dezenas de poetas, trovadores e cronistas da terra. Eram reuniões inteligentes, agradáveis, bem-humoradas, durante as quais eram servidos café e refresco amigos. Pedro foi sempre um gentleman.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Há 93 anos os pardais (aves) chegavam à Campos dos Goytacazes


No dia 05 de dezembro do ano de 1926 (há 93 anos), foram introduzidos os pardais em Campos dos Goytacazes, através de 4 casais destes pássaros, soltos nos jardins da Sociedade Portuguesa de Beneficência (hoje Beneficência Portuguesa).
Passer domesticus (macho)
Passer é um gênero da família Passeridae, também conhecido como pardal. O gênero inclui o P. domesticus e o P. montanus, algumas das aves mais comuns no mundo. São pequenos pássaros com bicos grossos para comer sementes, e são na sua maioria de cor cinza ou marrom. Nativo no Velho Mundo, algumas espécies foram introduzidas por todo o mundo.
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Distribuição
Um bando de P. luteus perto do Mar Vermelho, no Sudão.
A maioria das aves são encontradas naturalmente em habitats abertos nos climas mais quentes da África e sul da Eurásia. Estudos sobre a evolução sugerem que o gênero se originou na África.[1] Várias espécies se adaptaram com a habitação humana, e isso permitiu que o P. domesticus em particular, em estreita associação com os seres humanos, de ampliar o seu alcance na Eurásia bem além do que foi, provavelmente, seu lar original no Oriente Médio. Além desta colonização natural, o P. domesticus foi introduzido em muitas partes do mundo fora de seu habitat natural, incluindo a América, a África subsaariana, e a Austrália. O P. montanus também foi introduzido artificialmente em menor escala, com populações na Austrália e localmente em Missouri e Illinois, nos Estados Unidos.[9] Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal.
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Comportamento
As espécies do gênero Passer constroem um ninho desordenado, que, dependendo da espécie e da disponibilidade no local do ninho, pode ser em um arbusto ou árvore, em um orifício natural numa árvore, em um edifício, ou mesmo um ninho de outras espécies, tais como a cegonha-branca. Bota até oito ovos e é incubado por ambos os pais, normalmente por 12 a 14 dias, mas pode chegar de 14 a 24 dias.

Se alimentam principalmente de sementes, embora também consumam pequenos insetos, especialmente no período de reprodução. Algumas espécies, como o P. griseus procuram comida em torno das cidades e são quase onívoros. A maioria das espécies são gregários e formam bandos substanciais.